A imunização é essencial para evitar o risco de reintrodução do poliovírus no Brasil, visto que o país não registra casos de poliomielite desde 1989. No entanto, em 2021, o Brasil foi classificado como território de alto risco para a reintrodução do poliovírus, de acordo com a Comissão Regional para a Certificação da Erradicação da Poliomielite na Região das Américas.
A vacinação contra a pólio é a única forma de prevenção contra a doença, ressaltou o Ministério da Saúde. A campanha deste ano é especialmente relevante, pois o Brasil está em transição para substituir as duas doses da vacina oral poliomielite (VOP) por apenas um reforço com a vacina inativada poliomielite (VIP), administrada de forma injetável.
A mudança no esquema vacinal e na dose de reforço contra a poliomielite será implementada a partir do segundo semestre deste ano, com a VIP sendo a única vacina utilizada. Todos os estados e municípios receberão as normas e diretrizes dessa alteração, segundo informou o ministério.
Ao longo dos anos, os casos de poliomielite diminuíram significativamente, passando de 350 mil em 1988 para apenas seis casos reportados em 2021. Mesmo assim, a doença ainda representa uma emergência global em saúde pública, sendo a única doença mantida nesse status pela Organização Mundial da Saúde (OMS), mesmo após o fim da emergência para a covid-19 e a varíola dos macacos.
A vacinação continua sendo a medida mais eficaz para prevenir a propagação da poliomielite, e o Ministério da Saúde recomenda que estados e municípios realizem o Dia D da campanha contra a pólio no dia 8 de junho, visando ampliar a mobilização e a divulgação em todo o país. A participação ativa da população e o alcance da meta de vacinação são essenciais para manter o Brasil livre da poliomielite.