Chuvas fortes no Recife também costumam provocar alagamentos, expondo os animais de estimação a situações de vulnerabilidade. Logo após o resgate, é fundamental estabilizar os sinais vitais dos pets, fornecendo alimentação, água e aquecimento para minimizar os efeitos da exposição prolongada à chuva e ao frio. Sem esses cuidados iniciais, os animais podem desenvolver quadros de desidratação, hipoglicemia e hipotermia.
A consulta veterinária é indispensável para uma avaliação completa da saúde dos animais após o resgate. Dependendo do tempo de exposição, pode ser necessária a fluidoterapia intravenosa para equilibrar os sinais vitais, acompanhada de glicose e potássio, caso haja dificuldades na ingestão ou absorção de alimentos.
Após a estabilização dos animais, medidas preventivas básicas precisam ser tomadas, levando em consideração a exposição à água e ao ambiente coletivo. O controle de parasitas, como pulgas, carrapatos e vermes, é primordial para a recuperação da saúde dos pets. Além disso, a quarentena é essencial para observar e tratar imediatamente possíveis doenças infectocontagiosas, como cinomose, parvovirose e leptospirose.
Adotar um animal que passou por uma situação de vulnerabilidade requer comprometimento, visto que o pet pode estar traumatizado e levar tempo para se adaptar ao novo lar. A socialização gradual com outros animais e a oferta de uma dieta de qualidade, ambiente confortável e afeto dos tutores são fundamentais para o processo de recuperação física e emocional dos animais resgatados. Além disso, conhecer as particularidades das espécies, como os comportamentos dos felinos após um trauma, é essencial para proporcionar o cuidado adequado a eles.
Portanto, em situações de enchentes e tragédias naturais, é importante estar atento às necessidades dos animais resgatados e oferecer o suporte necessário para sua recuperação e adaptação a um novo lar. A colaboração de empresas, doadores e tutores é essencial nesse processo de cuidado e acolhimento aos pets em situações de vulnerabilidade.