De acordo com relatos do diretor dos serviços de emergência da região, Dan Benga, muitos desses jovens afirmam que preferem “morrer ali do que nos confrontos” em seu país de origem. São meninos inexperientes, sem preparo para enfrentar os horrores da guerra, que buscam refúgio do outro lado da fronteira.
As histórias desses jovens são marcadas por tragédias, como a do ucraniano de 21 anos que foi encontrado após três dias perdido nas montanhas dos Cárpatos. As equipes de resgate recebem corpos diariamente, encontrados sem vida nas duras condições de sobrevivência na região montanhosa.
A situação se agrava com a escassez de armamentos e homens na Ucrânia, que se vê pressionada pelos ataques russos. Para tentar conter a fuga de seus cidadãos, o país reduziu a idade mínima de recrutamento e intensificou as punições aos que resistem ao serviço militar obrigatório.
Diante deste cenário, a Romênia se tornou um porto seguro para muitos ucranianos em fuga. Apesar das leis rígidas que impedem homens entre 18 e 60 anos de sair do país sob pena de prisão, aqueles que conseguem atravessar a fronteira romena recebem proteção temporária e a oportunidade de reconstruir suas vidas longe do conflito.
O preço pago por aqueles que buscam refúgio nas montanhas é alto, com dezenas de mortes registradas devido ao frio e às condições extremas de sobrevivência. Mas para esses jovens, a esperança de um futuro pacífico e seguro supera os desafios e perigos que enfrentam em sua jornada em busca de paz e estabilidade.
