A juíza Sofia Gil concordou com a argumentação apresentada em dezembro pelo Tribunal de Justiça da União Europeia (TJUE), que criticou o regulamento da Fifa e da Uefa em vigor em 2021, o qual buscava impedir a criação de novos torneios continentais. Até então, as entidades exigiam aprovação prévia para a criação de qualquer competição nova, ameaçando clubes e jogadores com sanções em caso de participação sem autorização.
A decisão do tribunal de Madri, que contou com a participação da promotora da Superliga A22 Sports Management, pode potencialmente abrir caminho para o lançamento de uma competição europeia fechada. No entanto, assim como o TJUE, a juíza de Madri ressaltou a necessidade de estabelecer bases para um sistema de livre concorrência na organização de competições de futebol.
A modificação nos regulamentos da Fifa e da Uefa em junho de 2022 foi citada pela Uefa como uma correção à brecha legal denunciada anteriormente. No entanto, a decisão do tribunal de Madri não concede a terceiros o direito de lançar competições sem autorização, ressaltou a entidade em um comunicado.
Apesar das tentativas de relançar a Superliga, os promotores ainda enfrentam desafios políticos e econômicos que levaram ao fracasso do projeto inicial em 2021. A resistência da Uefa e da Fifa, juntamente com as objeções de torcedores e governos, ainda representam obstáculos para a realização de uma competição alternativa ao sistema tradicional de ligas europeias.
Assim, embora a decisão da Justiça espanhola venha em favor da Superliga, as incertezas sobre sua concretização permanecem, evidenciando a complexidade das disputas no cenário do futebol europeu.