Segundo informações do Ministério da Saúde, o Lúpus é mais comum entre as mulheres, embora possa se manifestar em ambos os sexos. A maior parte dos diagnósticos ocorre entre os 15 e 40 anos, sendo mais frequente em pessoas afro-americanas, hispânicas e asiáticas. Além disso, as mulheres negras apresentam uma incidência até quatro vezes maior do que as mulheres brancas.
A reumatologista do Hospital Jayme da Fonte, Drª Helena Carneiro Leão, esclarece que o Lúpus é uma doença sistêmica com predisposição genética e que, embora não tenha cura, pode ser controlada com um diagnóstico precoce. As principais complicações estão relacionadas ao comprometimento dos órgãos, como coração, pulmão e principalmente o rim, levando a situações que exigem hemodiálise e até transplante renal.
O diagnóstico do Lúpus não dispõe de um exame específico, sendo realizado através de análises de sangue, urina e dos sintomas apresentados pelo paciente durante a avaliação médica. O tratamento envolve o uso de medicamentos, como hidroxicloroquina, corticosteroides e imunossupressores, com o objetivo de controlar as complicações e prevenir danos mais graves.
A doença pode se manifestar de quatro formas distintas: Lúpus discoide, Lúpus sistêmico, Lúpus neonatal e Lúpus induzido por drogas. Medidas preventivas incluem alimentação adequada, prática de atividade física, controle do estresse e evitar a exposição solar, que é um fator desencadeante. A reumatologista ressalta a importância da atenção contínua por parte do paciente e do médico para lidar com o Lúpus de forma eficaz.