Questionado sobre as perspectivas para o futuro do 5G nos próximos cinco anos, o ministro não fez previsões sobre a chegada da rede 6G ao país. Ele mencionou que no ano anterior, em Barcelona, muito se falava sobre o 6G, mas que este ano o foco estava nas aplicações do 5G, como a internet das coisas e os carros autônomos.
A partir desta segunda-feira, as operadoras que adquirirem lotes na faixa de 3,5 GHz poderão solicitar à Anatel o licenciamento e ativação de estações de 5G em mais 236 municípios, o que elevará o número total de cidades com essa possibilidade para 4.134. Isso representaria um acesso estimado de 88,6% da população brasileira à rede 5G.
No entanto, apesar da disponibilidade para operação em diversas localidades, a rede 5G ainda não foi efetivamente instalada. Um dos motivos citados pelas empresas é a falta de aparelhos celulares compatíveis em quantidade suficiente para justificar o investimento.
O presidente-executivo da Conexis Brasil Digital, Marcos Ferrari, também presente no evento, criticou a carga tributária do setor de telecomunicações no país, a qual ele considera uma das maiores do mundo, chegando a 29,4%. Ferrari ressaltou ainda que as antenas são um problema em muitas cidades brasileiras, afirmando que atualmente a rede está instalada em 500 cidades, atendendo aproximadamente 75% da população.
Em suma, o evento destacou a importância estratégica do avanço do 5G no Brasil, mas evidenciou os desafios que ainda precisam ser superados, como a questão dos dispositivos compatíveis e a infraestrutura de antenas nas cidades. A carga tributária elevada no setor de telecomunicações também foi apontada como um obstáculo para a plena implantação e desenvolvimento dessa tecnologia no país.