A RSF argumenta que existem “motivos razoáveis para acreditar que alguns desses jornalistas foram assassinados deliberadamente e que os demais foram vítimas de ataques deliberados das Forças de Defesa de Israel (IDF) contra civis”. A organização ressalta que todos os jornalistas afetados foram mortos ou feridos no exercício de suas funções profissionais.
Antoine Bernard, diretor de defesa e assistência da RSF, afirmou que aqueles que matam jornalistas estão atacando o direito do público à informação, que é ainda mais essencial em tempos de conflito. O TPI já estava investigando possíveis crimes contra jornalistas desde o início da guerra entre Israel e o grupo islamista Hamas em Gaza, ocasionando a morte de mais de 100 comunicadores.
A denúncia da RSF apresenta casos de jornalistas palestinos mortos entre 20 de dezembro de 2023 e 20 de maio de 2024, assim como um jornalista ferido. A situação na Faixa de Gaza foi considerada o “período mais letal para jornalistas desde que o CPJ começou a recolher dados em 1992”, de acordo com o Comitê para a Proteção dos Jornalistas (CPJ), sediado em Nova York.
Enquanto a RSF busca justiça para os jornalistas palestinos, o procurador do TPI, Karim Khan, solicitou mandados de prisão contra líderes israelenses e do Hamas por supostos crimes de guerra e contra a humanidade. Israel negou as acusações e considerou “desprezível” relacionar o Hamas com as autoridades israelenses. A situação na Faixa de Gaza permanece crítica, com baixas significativas entre a população civil palestina.