Pequenos Estados Insulares Vulneráveis apontam países ricos como responsáveis pela crise climática e exigem apoio para sobreviver.

Pequenos Estados Insulares em Desenvolvimento (SIDS) estão enfrentando desafios cada vez maiores devido ao aquecimento global e à crise climática. Durante uma conferência realizada nesta segunda-feira, os representantes desses países apontaram os impactos devastadores que têm sofrido e exigiram apoio dos países mais ricos para lidar com essa situação.

O primeiro-ministro de Antígua e Barbuda, Gaston Browne, foi enfático ao afirmar que os SIDS não são responsáveis pela crise climática, mas estão na linha de frente dos desastres que ela tem provocado. O principal ponto de preocupação desses países é o aumento dos desastres climáticos devido ao aquecimento global, que está se aproximando perigosamente do limite de 1,5ºC estabelecido pelo Acordo de Paris em 2015.

Os representantes dos SIDS enfatizaram a urgência de uma ação global para conter o aquecimento global, que tem causado secas, enchentes, furacões e aumento do nível do mar. Eles pediram um aumento no financiamento para lidar com os impactos desses desastres e acelerar a transição para energias renováveis.

No entanto, esses países enfrentam o desafio de não terem acesso a financiamento internacional devido ao seu status de países de renda média. Além disso, muitos deles estão sobrecarregados com dívidas pesadas e gastarão uma parte significativa de sua renda apenas para pagar os juros dessas dívidas.

Diante dessa situação crítica, os SIDS acreditam que não conseguirão sobreviver sem assistência externa. Eles se comprometeram a fortalecer e diversificar suas economias, promovendo energias renováveis e desenvolvendo a “economia azul”, especialmente por meio da pesca sustentável.

O rei Charles III destacou a importância de agir com coragem e determinação para enfrentar esses desafios. Ele ressaltou que o futuro desses pequenos Estados insulares está intrinsecamente ligado ao futuro do planeta como um todo. A mensagem transmitida durante a conferência foi clara: é necessário agir de forma urgente e coletiva para proteger não apenas os SIDS, mas todo o ecossistema global.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo