Durante uma coletiva de imprensa ao lado do presidente do governo espanhol, Pedro Sánchez, Zelensky destacou a urgência de obter mais apoio e segurança para conter os ataques russos. O líder ucraniano solicitou a pressão não apenas sobre a Rússia, mas também sobre os parceiros da Ucrânia, a fim de obter recursos para se defender. Ele enfatizou a necessidade de sistemas de defesa antiaérea para interceptar as milhares de bombas lançadas pela Rússia mensalmente.
Diante da proximidade da cúpula pela paz na Ucrânia, que deve ocorrer na Suíça em breve, Zelensky rejeitou a proposta da China e do Brasil de convidar a Rússia para o evento, alegando que a presença de Moscou só traria bloqueios. Enquanto isso, a Ucrânia enfrenta dificuldades nos fronts leste e nordeste e clama por armas ocidentais para atacar posições e bases russas em território russo.
Há um debate entre os aliados da Otan sobre a necessidade de reavaliar as restrições que limitam a Ucrânia. O secretário-geral da aliança, Jens Stoltenberg, manifestou a importância de repensar essas restrições, enquanto a primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, alertou para a necessidade de cautela no uso de armas fornecidas à Ucrânia.
Pedro Sánchez, por sua vez, anunciou um compromisso de apoio militar no valor de 1 bilhão de euros até 2024, incluindo a possibilidade de enviar sistemas Patriot para fortalecer as capacidades de defesa ucranianas. A Espanha busca negociar com outros países aliados a quantidade de sistemas Patriot que poderão ser enviados à Ucrânia.
A visita de Zelensky à Espanha, inicialmente agendada para maio, foi adiada devido a uma nova ofensiva russa no nordeste ucraniano. Enquanto isso, a Rússia assumiu a responsabilidade pela tomada de duas localidades no leste da Ucrânia, reforçando o avanço russo no território ucraniano. A situação segue tensa na região, com episódios de violência e mortes contínuas.