Essa divisão entre os sindicatos não é uma novidade, pois situações semelhantes já ocorreram em 2012 e 2015, quando o Proifes fechou acordo com o governo enquanto o Andes-SN optou por manter a greve. Com a proposta do governo de reajuste salarial para os professores, os que ganham mais teriam um aumento de 13,3% até 2026, enquanto os que ganham menos receberiam um reajuste de 31% até o final do mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. No entanto, nenhum percentual desse reajuste seria aplicado em 2024.
A Proifes anunciou, em nota divulgada nesta segunda-feira, que a maioria dos sindicatos federados aprovou a proposta do governo, enquanto o Andes-SN, após realizar rodadas de assembleias, decidiu por ampla maioria rejeitar a proposta, com apenas duas assembleias rejeitando parcialmente.
Atualmente, a greve já dura cerca de 40 dias nas 18 primeiras instituições de ensino federal que aderiram ao movimento. Segundo informações do Andes-SN, já são 59 universidades e colégios sem aulas devido à paralisação dos docentes.
As negociações entre os sindicatos de professores e o governo federal continuam, e a incerteza sobre o desfecho desse impasse mantém a comunidade acadêmica em alerta. Enquanto isso, os alunos das instituições federais de ensino superior seguem sem aulas, aguardando uma resolução para o conflito que já dura mais de um mês.