Aumento de casos de leptospirose no RS preocupa autoridades de saúde; população é alertada a procurar atendimento imediato.

A secretária de Saúde do Rio Grande do Sul, Arita Bergmann, fez um alerta importante nesta segunda-feira, dia 27, por meio de suas redes sociais. Ela enfatizou a necessidade de a população gaúcha buscar atendimento médico imediato ao apresentar sintomas de leptospirose. Arita destacou que é crucial um diagnóstico precoce para evitar complicações graves e até mesmo óbitos.

Segundo informações divulgadas pelo boletim da SES-RS, até o último dia 26, o Estado já contabilizava 124 casos confirmados de leptospirose, um aumento significativo em relação aos 54 casos registrados na sexta-feira anterior. Além disso, foram registrados 5 óbitos e 922 casos suspeitos estão sendo investigados.

Arita reforçou a importância de seguir as recomendações de proteção, como utilizar botas e luvas em situações de contato com água, lama ou barro potencialmente contaminados pela bactéria da leptospirose. Ela ressaltou que essas orientações são especialmente importantes para pessoas envolvidas em resgates ou que iniciaram a limpeza de suas casas após enchentes.

Em resposta ao vídeo divulgado pela secretária de Saúde, a população gaúcha cobrou ações preventivas mais efetivas. Houve questionamentos sobre a orientação de uso de equipamentos de proteção, como luvas e botas, devido aos custos desses materiais e às condições enfrentadas por aqueles afetados pelas inundações.

A SES afirmou estar trabalhando em parceria com os municípios para capacitar equipes no encaminhamento dos exames diagnósticos ao Laboratório Central do Estado do Rio Grande do Sul (Lacen/RS), que está operando integralmente na análise dos testes. Tani Ranieri, diretora do Centro Estadual de Vigilância em Saúde, declarou que o objetivo é agilizar o fluxo das amostras captadas pela rede assistencial para reduzir o tempo de resposta.

A leptospirose é uma doença infecciosa causada pela bactéria Leptospira, geralmente adquirida pelo contato com água ou solo contaminados pela urina de animais infectados. As enchentes são ambientes propícios para a disseminação da doença, tornando aqueles expostos à água e lama mais vulneráveis.

Os sintomas variam desde febre, dor de cabeça, dores musculares até manifestações graves como icterícia, insuficiência renal e hemorragias. O diagnóstico precoce e o tratamento adequado são fundamentais para a recuperação dos pacientes.

Portanto, é indispensável que a população do Rio Grande do Sul esteja atenta aos sintomas da leptospirose e busque ajuda médica imediatamente ao apresentá-los. Medidas preventivas, como uso de EPIs, higienização e controle de roedores, são essenciais para evitar a disseminação da doença.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo