Essa situação coloca em evidência a grave situação do Cerrado, uma savana com uma rica biodiversidade, localizada ao sul da Amazônia. Segundo a pesquisa realizada pelo consórcio climático MapBiomas, essas perdas representam quase dois terços de todo o desmatamento no Brasil, sendo cerca de 2,4 vezes maior do que a devastação registrada na Amazônia.
É importante ressaltar que a destruição no bioma amazônico registrou uma queda de 62,2%, totalizando 454,3 mil hectares devastados. Essa mudança na dinâmica do desmatamento entre o Cerrado e a Amazônia revela uma tendência preocupante de concentração da devastação em biomas savânicos e campestres, em detrimento das formações florestais.
Um dado alarmante apresentado no relatório é que mais de 93% da área desmatada no Brasil em 2023 apresentou algum indício de irregularidade. Isso demonstra a urgência de ações efetivas para combater o desmatamento ilegal e preservar as áreas naturais do país.
Apesar de um leve recuo no desmatamento em 2023, a primeira queda em quatro anos, o governo brasileiro ainda enfrenta desafios significativos para conter a destruição ambiental. O compromisso do governo de Luiz Inácio Lula da Silva em priorizar a proteção do meio ambiente e combater o desmatamento ilegal na Amazônia até 2030 é crucial para reverter esse cenário preocupante.
As consequências do desmatamento são cada vez mais evidentes, como as enchentes devastadoras no estado do Rio Grande do Sul, que resultaram em inúmeras mortes e milhares de deslocados. Diante desse cenário, é fundamental adotar medidas eficazes para preservar os biomas brasileiros e garantir a sustentabilidade ambiental no país.