Dick Schoof é designado para formar governo de coalizão de direita nos Países Baixos após renúncia de Geert Wilders.

Na última terça-feira (28), os partidos da recém-formada coalizão de direita nos Países Baixos anunciaram a designação de Dick Schoof, funcionário público e ex-chefe do serviço de Inteligência, para liderar o governo do país. A decisão foi tomada com o apoio dos dirigentes da coalizão parlamentar, que destacaram a disposição e competência de Schoof para assumir o cargo de primeiro-ministro.

Apesar de ter vencido as eleições de novembro, o líder de extrema direita Geert Wilders abriu mão da posição de chefe de governo, juntamente com os demais líderes da coalizão, em favor de Schoof, que representa a ala esquerda do partido trabalhista. Agora, o desafio de Schoof é formar um governo com os outros quatro aliados de direita na coalizão, que possuem maioria na Câmara Baixa do Parlamento.

O acordo de governo foi alcançado entre quatro partidos: o Partido da Liberdade (PVV), liderado por Wilders e conhecido pela postura hostil em relação à imigração e ao islã, o partido agricultor BBB, o Liberal VVD e o partido anticorrupção Novo Contrato Social (NSC). O novo primeiro-ministro, de 67 anos, deverá compor seu gabinete com metade de políticos e metade de personalidades independentes, de acordo com as diretrizes da coalizão.

Entre as principais propostas do programa de governo divulgado pela coalizão em maio, destacam-se medidas para tornar mais rígida a política de asilo e controle imigratório, além da solicitação à Comissão Europeia para que o país possa abrir mão das regras comuns sobre política de asilo. Wilders, no entanto, reconheceu que essa prerrogativa, que já é desfrutada por países vizinhos como a Dinamarca, pode levar anos para ser concretizada.

Dessa forma, a formação do governo nos Países Baixos, liderada por Dick Schoof, marca uma nova era na política do país, com medidas e políticas que refletem as diretrizes da coalizão de direita que assumiu o poder.

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