Divisão entre entidades de professores marca negociações salariais em instituições federais de ensino após 40 dias de greve.

Após mais de 40 dias de greve dos professores em instituições federais de ensino, finalmente uma das entidades que representa os docentes aceitou a proposta de reajuste salarial apresentada pelo governo federal. A proposta foi feita através do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI). No entanto, a divisão entre as entidades que lideram a paralisação ainda persiste, com outra entidade recusando a proposta e defendendo a continuidade da greve.

A proposta aceita pela Federação de Sindicatos de Professores e Professoras de Instituições Federais de Ensino Superior e de Ensino Básico Técnico e Tecnológico (Proifes) prevê reajustes diferenciados para cada nível da categoria até o final da atual gestão, em 2026. Professores com salários mais altos terão um reajuste de 13,3%, enquanto aqueles com salários mais baixos deverão receber um aumento de 31,2%. Vale ressaltar que nenhum desses aumentos será pago em 2024, visto que em 2023 o governo federal concedeu um reajuste linear de 9% para toda a categoria.

Por outro lado, o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN) recusou a proposta e afirmou que 59 instituições federais estão em greve. O Ministério da Gestão garantiu que as entidades que não assinaram o acordo terão mais tempo para consultar suas bases e poderão assinar o acordo posteriormente.

O secretário de Relações de Trabalho do Ministério, José Feijó, ressaltou que o governo conduziu as negociações de forma transparente, com cinco rodadas de discussão com as entidades dos docentes. Feijó também afirmou que dentro dos limites orçamentários, o governo buscou construir a melhor proposta possível, dialogando com as demandas de reestruturação apresentadas pela categoria.

Essa divisão nas entidades representativas dos professores prolonga o impasse e deixa muitos alunos e instituições federais prejudicados. A expectativa é que o diálogo entre as partes seja retomado e um consenso seja alcançado em breve para que as atividades educacionais possam ser normalizadas. Enquanto isso, a greve continua em parte das instituições federais de ensino.

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