Falta de consenso na UE: país divide-se sobre envio de instrutores militares para a Ucrânia, admite chefe da diplomacia

Os países membros da União Europeia continuam divididos em relação ao envio de instrutores militares para a Ucrânia. O chefe da diplomacia da UE, o espanhol Josep Borrell, admitiu nesta terça-feira que não há consenso sobre essa questão.

Durante uma reunião de ministros da Defesa dos países do bloco em Bruxelas, Borrell afirmou que houve um debate, mas ainda não há uma posição clara europeia sobre o envio de instrutores militares para a Ucrânia. Em 2022, após a invasão russa, a UE iniciou a instrução de tropas ucranianas, porém fora das fronteiras do país.

No início de maio, o presidente da França, Emmanuel Macron, levantou a possibilidade do envio de instrutores militares para o território ucraniano, surpreendendo a todos. No entanto, países como a Alemanha manifestaram preocupação com a possibilidade de tal gesto envolver o bloco europeu em um conflito armado direto com a Rússia.

Borrell ressaltou que os 27 países que formam a UE têm visões diferentes sobre o assunto, mas destacou que as circunstâncias podem mudar. Por sua vez, o secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, informou que a aliança militar não tem planos de enviar tropas para a Ucrânia ou se envolver diretamente no conflito.

Apesar das divergências entre os países membros da UE, a questão do envio de instrutores militares para a Ucrânia continua sendo tema de debate e reflexão dentro do bloco, levando em consideração a sensibilidade da situação geopolítica atual. A tomada de uma decisão consensual sobre esse assunto é crucial para a manutenção da segurança e estabilidade na região.

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