Como medida de segurança, metade da população se abrigou em casas de parentes ou em abrigos públicos e privados na cidade. Enquanto alguns moradores permanecem nas áreas mais altas da vila ou até mesmo nas embarcações. O presidente do Sindicato dos Pescadores da Colônia Z3, Nilmar Conceição, ressaltou que, mesmo quando a atividade de pesca for retomada em outubro, a recuperação da lagoa será demorada devido aos danos causados pelas inundações.
A suspensão de sedimentos de areia, argila e outras partículas na lagoa é uma preocupação dos cientistas, que alertam para a gravidade da situação. Imagens de satélite mostram a extensão dos danos causados pelas enchentes, com sedimentos tomando boa parte da lagoa e desaguando no oceano. Professores da Universidade Federal de Pelotas destacam a preocupação com a qualidade da água e a necessidade de recuperação ambiental da região.
Além da Colônia Z3, outros bairros próximos à Lagoa dos Patos, como o Laranjal e o Balneário dos Prazeres, também foram afetados pelas enchentes. Moradores relatam prejuízos e transtornos causados pela situação, incluindo a necessidade de se deslocar para abrigos municipais. A prefeitura de Pelotas está disponibilizando assistência às famílias afetadas e orientando sobre os procedimentos necessários para acessar o auxílio disponibilizado pelo governo federal.
Nesse cenário de desolação e dificuldades, os pescadores artesanais da Lagoa dos Patos enfrentam um período incerto, com a incerteza da recuperação da região e a necessidade de suporte para reconstruir suas vidas e fontes de sustento. A população local aguarda ansiosamente por medidas e ações que possam ajudar na superação desse momento delicado.