Investigação aponta que munições do Exército israelense não seriam capazes de provocar incêndio em Gaza que matou 45 pessoas.

O Exército israelense divulgou nesta terça-feira (28) que as munições que utilizaram não seriam suficientes para causar um incêndio de grandes proporções, como o que matou 45 pessoas em Rafah, no sul de Gaza. O porta-voz do Exército, Daniel Hagari, afirmou que as investigações iniciais indicam que o ataque visava dois altos comandantes do Hamas e que o incêndio subsequente foi inesperado.

De acordo com Hagari, o campo de deslocados atingido pelo fogo estava a certa distância do alvo pretendido pelo Exército israelense. O bombardeio levou a óbito 45 pessoas, segundo o Ministério da Saúde do governo de Gaza, que é controlado pelo Hamas. O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu classificou o episódio como um “acidente trágico” na segunda-feira.

O porta-voz militar israelense detalhou que foram utilizadas duas ogivas, cada uma contendo 17 quilos de explosivos, um armamento considerado de menor potencial se comparado ao que os aviões de guerra de Israel possuem. Hagari ainda levantou a possibilidade de que armas armazenadas nas proximidades do alvo possam ter explodido após o ataque.

Apesar dos esforços para minimizar as baixas civis, o incêndio que resultou da ação militar foi inesperado e não intencional, conforme ressaltou o porta-voz. Ele salientou que uma investigação mais aprofundada ainda estava em curso para esclarecer completamente o ocorrido.

A comoção internacional em torno desse acontecimento levanta questões sobre a precisão dos ataques e os danos colaterais que podem ocorrer durante conflitos armados. A cautela e a transparência nas investigações são fundamentais para esclarecer os fatos e evitar novas tragédias. A comunidade internacional aguarda por novas informações que possam lançar luz sobre o triste episódio em Rafah.

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