Durante a visita do presidente ucraniano Volodimir Zelensky a Madri, foi assinado um acordo de segurança que prevê um apoio militar de 1 bilhão de euros para 2024. Essa é uma quantia significativa para a Espanha, que até então vinha fornecendo ajuda militar moderada a Kiev desde o início da invasão russa em fevereiro de 2022.
Segundo Díaz, o governo não foi transparente sobre o destino final desses fundos, que foram aprovados pelo conselho de ministros sem detalhamento específico. A falta de informação sobre o uso dos mais de 1 bilhão de euros destinados a armas para a Ucrânia causou incômodo na plataforma de esquerda radical.
Desde que os socialistas e a esquerda radical formaram a coalizão de governo em 2020, divergências em política externa têm sido recorrentes. O envio de armas para Kiev é uma questão sensível para a esquerda radical, que tem criticado fortemente essa iniciativa.
As tensões entre os parceiros de governo se intensificaram com a decisão de disponibilizar quantias consideráveis de ajuda militar para a Ucrânia. A falta de transparência e a discordância em relação à política externa são pontos de atrito entre as diferentes correntes políticas presentes no governo espanhol.