Na semana passada, Lula já havia sinalizado que poderia vetar o projeto, caso o referido imposto fosse retomado. O governo tem se empenhado em convencer os parlamentares a manterem o veto da chamada “saidinha”, em uma manobra complexa, visto que as restrições nessas saídas temporárias de presos foram aprovadas com ampla margem de apoio no Congresso.
O movimento do governo para manter as “saidinhas” abrange diversas estratégias, como um aceno à oposição em relação à punição à disseminação de fake news – trecho vetado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro na legislação que substituiu a Lei de Segurança Nacional (LSN). Além disso, há um trabalho corpo a corpo com a bancada evangélica e a atuação de ministros em prol dessa causa.
Recentemente, na última sessão do Congresso no início do mês, a apreciação dos vetos na LSN foi utilizada como um mecanismo de barganha pelo governo para evitar uma derrota nas “saidinhas”. Diante da incerteza sobre a manutenção do veto de Bolsonaro, a oposição concordou em retirar os vetos nos dois temas em discussão.
O encontro entre Lula e Arthur Lira demonstra a importância dessas articulações políticas em um momento crucial para a agenda legislativa do país. A decisão sobre a manutenção ou não do veto presidencial envolve interesses estratégicos e negociações complexas, evidenciando a dinâmica do cenário político nacional. A reunião entre os líderes políticos demonstra como são importantes os acordos nos bastidores da política para a tomada de decisões que impactam diretamente a sociedade.