Mineração brasileira lança 12,8 milhões de tCO2e na atmosfera em 2022, revela inventário do Instituto Brasileiro de Mineração.

As atividades de mineração no Brasil têm gerado preocupação em relação às emissões de gases do efeito estufa. De acordo com o Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), em 2022, foram lançadas na atmosfera 12,8 milhões de toneladas de dióxido de carbono equivalente (tCO2e), o que representa apenas 0,55% do total de emissões do país no mesmo ano.

Raul Jungmann, presidente do Ibram, ressaltou a importância de reduzir essas emissões e estabelecer a meta de chegar a zero carbono até 2030 ou 2040. O levantamento feito pelo instituto mostrou que a maior parte das emissões (85%) corresponde ao dióxido de carbono, seguido pelo metano (10%) e óxido nitroso (3%).

Os impactos ambientais gerados pela indústria mineradora ocorrem principalmente pela queima de combustíveis nos meios de transporte usados na operação. Além disso, o desmatamento para extração de minérios do solo e o uso de combustíveis em equipamentos estacionários também contribuem para as emissões de gases do efeito estufa.

Medidas de descarbonização são necessárias no setor de mineração, incluindo a substituição de combustíveis fósseis, adoção de energias renováveis e eletrificação de equipamentos. No entanto, a implementação dessas medidas apresenta desafios significativos para a indústria.

O diretor do Ibram, Alexandre Mello, destacou a importância do setor da mineração na transição energética, contribuindo para a redução de gases de efeito estufa no Brasil e no mundo. O estudo realizado pelo Ibram também apontou a necessidade de processos mais eficientes de produção e o uso de tecnologias sustentáveis para mitigar as emissões de gases nocivos ao meio ambiente.

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