De acordo com o presidente do Ibram, Raul Jungmann, embora esse valor represente apenas 0,55% das emissões de gases do efeito estufa no país em 2022, estimadas em 2,3 bilhões de toneladas, há um claro objetivo estabelecido pela instituição de alcançar a neutralidade de carbono até 2030 ou 2040.
O levantamento realizado indicou que a maioria esmagadora (85%) das emissões são compostas por CO2, gás que, apesar de ter menor potencial de aquecimento, permanece por um longo período na atmosfera, cerca de 1 mil anos. Por sua vez, o metano (10%) e o óxido nitroso (3%) apresentam potenciais de aquecimento muito maiores e prazos de permanência na atmosfera menores.
Dentre as fontes emissoras, 11,3 milhões de toneladas surgiram das próprias operações das mineradoras, enquanto 1,5 milhão de toneladas provieram da geração de energia elétrica utilizada por elas. O transporte foi responsável pela maior parte das emissões próprias, representando 59% do total, seguido pelo desmatamento (14%) e uso de combustível para equipamentos (9%).
Frente a este cenário, medidas de descarbonização tornam-se imprescindíveis para o setor de mineração. Adaptações como a adoção de hidrogênio verde, substituição de combustíveis fósseis, eletrificação de equipamentos e frota, bem como processos mais eficientes de produção e uso de veículos autônomos são necessárias para reduzir as emissões e contribuir para a mitigação das mudanças climáticas.
Desta forma, apesar dos desafios de implementação, o setor da mineração se mostra comprometido em buscar soluções eficazes para diminuir sua pegada de carbono e colaborar com as metas de descarbonização estabelecidas não apenas no Brasil, mas em escala global.
