Presidente da Petrobras defende avanço exploratório na Margem Equatorial para garantir segurança energética e abastecimento interno.

A nova presidente da Petrobras, Magda Chambriard, enfatizou a importância do avanço das atividades exploratórias na costa brasileira, especialmente na Margem Equatorial, para garantir a segurança energética do país e o abastecimento interno de combustíveis. Em sua primeira entrevista após assumir o cargo, ela abordou a situação envolvendo o plano de exploração de petróleo na foz do Rio Amazonas, que tem enfrentado resistência no Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA).

Magda destacou o compromisso da empresa de zerar as emissões de carbono até 2050, buscando atingir o net zero, uma expressão adotada globalmente. Ela ressaltou a necessidade do MMA compreender a importância da Petrobras explorar petróleo e gás para liderar a transição energética, citando investimentos em projetos de captura de CO2, energia renovável e derivados de petróleo verde, além de esforços na direção do hidrogênio.

A região da Margem Equatorial, que se estende do Rio Grande do Norte ao Amapá, é considerada de grande potencial para o setor de óleo e gás. A Petrobras planeja investir US$ 3,1 bilhões em pesquisas nessa área nos próximos quatro anos, perfurando 16 poços. No entanto, a exploração de petróleo na foz do Amazonas tem gerado preocupações entre grupos ambientalistas, devido aos possíveis impactos à biodiversidade.

A presidente da Petrobras ressaltou a preocupação da empresa com a sustentabilidade e mencionou o investimento em biorrefino como parte de suas estratégias. Ela também comentou sobre a venda de refinarias cancelada pela empresa, enfatizando a importância do refino para a produção de biocombustíveis. Magda reiterou a tradição da Petrobras no ramo de energias renováveis e refutou a ideia de que tais investimentos geram prejuízos.

Magda Chambriard também abordou as estimativas de produção da estatal, prevendo um pico em 2030 e a necessidade de manter os esforços exploratórios para garantir a segurança energética do país. Ela mencionou a importância da verticalização da empresa no setor de petróleo e a relevância do refino para agregar valor aos produtos. Com uma postura firme em relação às questões ambientais e de futuro sustentável, a nova presidente da Petrobras promete liderar a empresa em direção a um cenário mais ambientalmente responsável e economicamente viável.

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