De acordo com dados fornecidos pelo Ministério da Saúde à imprensa, até o dia 24 de maio, mais de 1.7 milhões de pessoas foram atendidas pelo programa, retirando os absorventes em estabelecimentos credenciados. A pasta destacou a importância do Dia Internacional da Dignidade Menstrual, uma data reconhecida em mais de 50 países, que busca discutir e combater a pobreza menstrual, impactando significativamente a vida das pessoas que menstruam.
No entanto, o Ministério da Saúde não abordou um estudo realizado pelo Unicef que aponta que a menstruação segura ainda é um desafio no Brasil. A ginecologista Daniela Angerame Yela, membro da Comissão de Ginecologia Endócrina da Febrasgo, concordou com o relatório do Unicef, ressaltando que ainda existem desafios a serem superados em relação à menstruação digna no país.
A médica destacou a importância de políticas públicas voltadas para a garantia da dignidade menstrual, citando a realização de campanhas de conscientização nas escolas como uma medida eficaz para atingir meninas e adolescentes. Além disso, Kalyne Lima, presidente da Cufa Brasil, ressaltou a importância da campanha de arrecadação e distribuição de absorventes para mulheres em situação de vulnerabilidade social.
Em relação ao acesso aos programas governamentais, tanto Daniela Angerame Yela quanto José Maria Soares, presidente da Comissão de Ginecologia Endócrina da Febrasgo, destacaram a necessidade de ampliação e aprimoramento das políticas existentes. Soares sugeriu a ida de agentes de saúde ou sociais às escolas para cadastrar as estudantes e garantir um acesso mais efetivo aos absorventes fornecidos pelo governo.
Diante dessas questões, é fundamental a conscientização da sociedade sobre a importância da dignidade menstrual e a necessidade de garantir o acesso a itens de higiene menstrual para todas as pessoas que menstruam, visando promover a saúde e o bem-estar de forma igualitária e digna.
