Repórter Recife – PE – Brasil

Promotoria acusa Donald Trump de “conspiração e acobertamento” em escândalo sexual durante campanha presidencial de 2016, primeiro julgamento penal contra ex-presidente.

Nesta terça-feira (28), a Promotoria de Nova York fez alegações finais em um julgamento penal histórico envolvendo o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Segundo a acusação, Trump teria participado de uma “conspiração e acobertamento” para esconder um escândalo sexual durante sua campanha presidencial de 2016.

Após seis semanas de intensos debates, o promotor Joshua Steinglass argumentou que foram apresentadas fortes evidências de culpa do acusado. A acusação afirma que Trump falsificou documentos contábeis da Trump Organization para ocultar um pagamento de US$ 130 mil feito à atriz pornô Stormy Daniels.

Durante as alegações finais, a defesa de Trump insistiu em sua inocência. O advogado de Trump, Todd Blanche, afirmou que o caso se baseia em mentiras e que a Promotoria não conseguiu provar suas acusações. Blanche dedicou parte de sua fala a atacar Michael Cohen, ex-advogado de Trump, alegando que ele mentiu durante o julgamento.

Segundo Blanche, Trump estava “ocupado governando o país” no momento em que os reembolsos foram feitos a Cohen. O advogado garantiu que seu cliente não cometeu nenhum crime e que não houve intenção de fraudar as eleições de 2016.

Por sua vez, o promotor Steinglass argumentou que o testemunho de Cohen não representa a totalidade do caso e que existem “uma montanha de evidências” que corroboram a culpa de Trump. Ele afirmou que o caso se trata de responsabilizar Trump pelos seus atos.

O julgamento agora aguarda a deliberação do júri, que deve começar na quarta-feira. Em caso de veredicto unânime de culpa, Trump poderá apelar e até mesmo se candidatar novamente em novembro. Especialistas consideram improvável uma pena máxima de prisão para alguém sem antecedentes.

O clima fora do tribunal era tenso, com o ator Robert De Niro chamando Trump de “palhaço” e “tirano”. A decisão final cabe ao júri, que terá a difícil tarefa de determinar a culpabilidade do ex-presidente em meio a um cenário político conturbado nos Estados Unidos.

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