Essa situação é preocupante não apenas do ponto de vista climático, mas também em relação à saúde da população. O calor extremo é a principal causa de mortes relacionadas ao clima, de acordo com o Centro Climático da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho, a rede científica World Weather Attribution e a ONG Climate Central.
O estudo realizado pelos cientistas envolveu uma análise detalhada das temperaturas globais nos últimos anos, comparando com o período atual. Os dados revelaram que as mudanças climáticas causadas pelo homem contribuíram para a incidência de calor extremo em 26 dias a mais do que o esperado.
Em 2023, foi registrado o ano mais quente da história, de acordo com o monitor climático da União Europeia, o Copernicus. Além disso, ondas de calor extremo afetaram diversas regiões do globo, desde o México até o Paquistão.
Nos últimos 12 meses, cerca de 6,3 bilhões de pessoas em todo o mundo experimentaram pelo menos 31 dias de calor extremo. Foram registradas 76 ondas de calor em 90 países diferentes, em todos os continentes, com exceção da Antártida. Na América Latina, cinco nações foram particularmente afetadas, com números alarmantes de dias com calor extremo.
A preocupação com a saúde da população é uma das principais questões levantadas por esse relatório. Segundo a Cruz Vermelha, o calor extremo já causou dezenas de milhares de mortes nos últimos 12 meses, e esse número pode chegar a centenas de milhares ou até mesmo milhões.
O impacto do calor extremo, muitas vezes esquecido em meio a outras catástrofes naturais, é igualmente devastador. É fundamental que ações sejam tomadas para mitigar esses efeitos e buscar soluções sustentáveis para combater as mudanças climáticas. A conscientização e ações imediatas são essenciais para garantir um futuro seguro para o planeta e suas populações.
