Rio Grande do Sul enfrenta um mês de devastação com cenário ainda longe do “novo normal” e formação de ciclone.

O Rio Grande do Sul enfrenta um cenário de devastação há um mês, com a população ainda longe de alcançar uma realidade que se assemelhe ao “novo normal”. Nesta semana, a formação de um ciclone pelo litoral sul trouxe mais desafios, com sistemas de drenagem colapsados e cursos d’água acima da cota de inundação. A situação continua preocupante, com bairros inundados em Porto Alegre, Canoas e outras regiões da região metropolitana.

As previsões meteorológicas apontam para riscos geológicos e hidrológicos em diversas partes do estado, com ventos acima de 80 km/h e chuvas intensas. O número de desaparecidos chega a 53, dificultando as operações de resgate, principalmente em áreas de deslizamentos. As enchentes e deslizamentos afetaram mais de 2,3 milhões de pessoas em 469 dos 497 municípios do estado.

A situação de alagamento persiste em diversas áreas, incluindo a região sul, onde cidades como Pelotas enfrentam o impacto da cheia. A mobilidade e o transporte também estão comprometidos, com 60 trechos bloqueados em rodovias estaduais e federais. A população enfrenta problemas de abastecimento de água e energia, com mais de 123 mil imóveis ainda sem luz.

As escolas seguem com as aulas suspensas em grande parte das regiões afetadas, impactando milhares de estudantes. Além disso, a saúde enfrenta desafios com a alta nos casos de leptospirose e a necessidade de hospitais de campanha para atender a população afetada. As barragens também estão em alerta, com a Barragem Salto em São Francisco de Paula classificada em alerta de emergência.

A cultura e os eventos também foram impactados, com museus e centros culturais fechados por tempo indeterminado. A situação dos abrigos é crítica, com mais de 48 mil pessoas em 681 locais de 91 municípios. A população segue enfrentando uma crise humanitária sem precedentes, e a reconstrução do estado demandará esforços conjuntos e recursos significativos.

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