Durante a audiência, a senadora Teresa Leitão alertou para a ameaça de destruição da Caatinga e destacou a importância das comunidades tradicionais que vivem na região. Ela ressaltou que a desertificação é um fenômeno que afeta cada vez mais o Nordeste do país, resultando em danos ambientais causados pelo desmatamento e pela supressão da vegetação para atividades agropecuárias e monoculturas.
Uma das questões levantadas durante a audiência foi a falta de conhecimento sobre a Caatinga pela população brasileira. O diretor do Departamento de Combate à Desertificação do Ministério do Meio Ambiente, Alexandre Henrique Bezerra Pires, enfatizou a necessidade de promover uma visão mais positiva e valorizar a biodiversidade desse bioma, que muitas vezes é representado de forma negativa.
Outro ponto destacado foi a importância do manejo correto dos recursos naturais para combater a desertificação. O diretor-executivo da Fundação Araripe, Francisco Carneiro Barreto Campello, ressaltou a importância da agroecologia como um sistema produtivo que valoriza a terra e enriquece o solo, evitando a degradação.
Além disso, a diretora do Instituto Nacional do Semiárido, Mônica Tejo, ressaltou a importância de explorar e difundir as soluções tecnológicas disponíveis para combater a desertificação na Caatinga e em outros biomas. Ela destacou a necessidade de políticas públicas que incentivem a preservação da vegetação nativa e ofereçam alternativas viáveis para as comunidades locais.
Em um momento em que as mudanças climáticas representam uma ameaça cada vez maior para a Caatinga, é fundamental que o Brasil amplie o conhecimento sobre esse bioma e tome medidas efetivas para sua preservação e recuperação da biodiversidade. A conscientização e ação coletiva são essenciais para garantir a sustentabilidade desse ecossistema único e tão importante para o país.