O CEO da BHP, Mike Henry, lamentou a decisão do conselho da Anglo American de encerrar as conversas, afirmando que a empresa australiana não fará uma oferta firme pela concorrente. A Anglo American havia rejeitado o pedido de prorrogação da BHP para preparar uma nova oferta de aquisição, o que resultou na renúncia da gigante australiana.
Segundo a Anglo American, a BHP não respondeu às questões fundamentais do conselho sobre os riscos associados à estrutura da oferta, que envolvia a separação de duas subsidiárias sul-africanas da Anglo American. Henry confirmou que não houve acordo entre as empresas e que a Anglo American não forneceu as informações essenciais necessárias para melhorar a proposta.
A fusão entre os dois grupos teria sido uma das mais importantes do setor nos últimos anos, impulsionada pelas perspectivas favoráveis para o cobre, um metal estratégico para a transição energética. No entanto, a falta de acordo e a recusa da Anglo American em prolongar as negociações resultaram no fracasso da operação.
As ações da Anglo American caíram enquanto as da BHP subiram após o anúncio da renúncia. Apesar do fim das negociações, a Anglo American segue com seus planos de expansão, focando na extração de cobre, minério de ferro de alta qualidade e produção de fertilizantes. A BHP, por sua vez, enfrenta desafios internos, como a queda no lucro devido ao declínio dos preços do níquel e às indenizações relacionadas ao desastre ambiental de Mariana em 2015.
Em meio a novidades no mercado de mineração, é importante estar atento às movimentações das empresas do setor e às estratégias adotadas para garantir a sustentabilidade e o crescimento no mercado internacional.
