Desertificação na Caatinga preocupa especialistas e ameaça ecossistema único no Brasil. Medidas urgentes são necessárias para evitar o colapso ambiental.

A Caatinga, bioma único no Brasil, está enfrentando sérios desafios que colocam em risco sua existência. Especialistas alertam para o processo de desertificação que já está em andamento e que é resultado de uma combinação de fatores naturais agravados pela intervenção humana. A preocupação com a situação da Caatinga levou à realização de uma audiência pública na Comissão de Meio Ambiente do Senado, por iniciativa da senadora Teresa Leitão (PT-PE).

Durante a audiência, que contou com a presença de senadores, pesquisadores e ativistas ambientais, foi destacado que a desertificação da Caatinga está diretamente relacionada ao uso inadequado do solo e dos recursos hídricos, ao desmatamento e às mudanças climáticas. A região do Agreste e do Sertão pernambucanos, com seus 135 municípios, é uma das mais afetadas pela iminência da desertificação.

Considerado o principal bioma do semiárido brasileiro, a Caatinga ocupa 11% do território nacional e é conhecida por ser o bioma semiárido mais biodiverso do mundo. No entanto, é também o ecossistema mais desmatado do país, principalmente devido à expansão da pecuária e da agricultura de subsistência, segundo dados do Instituto Nacional do Semiárido.

Diante desse cenário preocupante, o representante do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Alexandre Henrique Pires, anunciou a elaboração do segundo Plano Brasileiro de Combate à Desertificação. O plano tem como objetivo traçar estratégias para os próximos 20 anos visando conservar a biodiversidade da Caatinga, recuperar áreas degradadas e combater efetivamente a desertificação.

A importância da preservação da Caatinga vai além das fronteiras brasileiras, uma vez que esse bioma desempenha um papel fundamental na manutenção do equilíbrio ambiental e na garantia da sobrevivência de diversas espécies de plantas e animais. Diante desse contexto, ações urgentes e eficazes são necessárias para reverter o quadro de degradação da Caatinga e assegurar a continuidade desse rico ecossistema.

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