Dólar ultrapassa R$ 5,20 e bolsa fecha na mínima do ano em dia tenso para os mercados interno e externo

Em um dia tenso para o mercado financeiro brasileiro e internacional, o dólar ultrapassou a marca de R$ 5,20 e atingiu o maior valor em 40 dias. O nervosismo foi evidente, com a bolsa fechando em queda pelo segundo dia consecutivo, atingindo o seu menor nível do ano.

O dólar comercial encerrou o dia sendo vendido a R$ 5,209, com um aumento de R$ 0,037 (+1,07%). Durante toda a sessão, a cotação da moeda norte-americana permaneceu em alta, atingindo o pico de R$ 5,21 por volta das 14 horas. Este é o maior valor do dólar desde 18 de abril, quando fechou em R$ 5,25. No acumulado de maio, a moeda já teve um aumento de 0,31%, e no ano a valorização chega a 7,34%.

No mercado de ações, o índice Ibovespa da B3 fechou o dia em 122.707 pontos, registrando uma queda de 0,87%. Esta é a posição mais baixa do índice desde 13 de novembro do ano passado. Mesmo com a queda generalizada, as ações da Petrobras apresentaram uma leve alta. Já as ações de varejistas brasileiras tiveram uma valorização significativa após a Câmara dos Deputados aprovar a taxação de 20% nas compras internacionais realizadas em sites estrangeiros de até US$ 50.

No cenário internacional, as taxas dos títulos do Tesouro norte-americano apresentaram um aumento significativo, chegando ao maior nível em quatro semanas. Esse movimento foi motivado pela possibilidade do Federal Reserve adiar os cortes de juros para o próximo ano. Este cenário de taxas mais altas nos títulos do Tesouro dos EUA estimula a fuga de capitais de países emergentes, pressionando tanto o dólar como a bolsa brasileira.

A divulgação da maior criação de empregos no primeiro quadrimestre desde 2010 e a queda da taxa de desemprego para o menor nível desde 2014 não foram bem recebidas pelo mercado financeiro. Os investidores temem que o mercado de trabalho aquecido e os impactos das enchentes no Rio Grande do Sul possam dificultar o combate à inflação pelo Banco Central, levando a expectativa de juros altos por mais tempo e influenciando a migração de investidores das ações para investimentos em renda fixa.

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