Enchentes no Rio Grande do Sul deixam mais de um terço dos bares e restaurantes fechados, aponta pesquisa da Abrasel.

A situação dos bares e restaurantes no Rio Grande do Sul é crítica, de acordo com uma pesquisa realizada pela Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel). Mais de um terço dos estabelecimentos no estado estão fechados devido às enchentes que assolaram a região desde o final de abril. Aqueles que permanecem abertos relataram uma queda de 94% no faturamento.

O presidente da Abrasel, Paulo Solmucci, destacou que a situação já era difícil para muitos estabelecimentos antes das enchentes, com quase metade operando no prejuízo. Sem o auxílio prometido pelo poder público, o setor de bares e restaurantes no Rio Grande do Sul corre o risco de não conseguir pagar os salários dos funcionários em junho.

Solmucci comparou a situação atual com a da pandemia de covid-19, ressaltando que durante a pandemia, apesar do fechamento dos estabelecimentos, ainda era possível operar com serviços de delivery, o que não é viável agora devido à destruição causada pelas enchentes. Ele argumentou que a ajuda do governo precisa chegar efetivamente às empresas para evitar uma crise ainda maior.

O governo federal anunciou um pacote de medidas para beneficiar tanto trabalhadores quanto empresas no Rio Grande do Sul, incluindo linhas de financiamento que totalizam até R$ 15 bilhões. Essas linhas visam ajudar empresas de todos os portes a lidar com os impactos das enchentes e retomar suas atividades.

Além disso, o superintendente regional do Trabalho do Rio Grande do Sul, Claudir Nespolo, destacou a possibilidade do uso do lay-off calamidade, um mecanismo que permite a suspensão de contratos de trabalho com o governo pagando uma espécie de seguro-desemprego por um período. Empresas interessadas em adotar esse mecanismo podem buscar orientações no Ministério do Trabalho.

Diante da grave situação enfrentada pelos estabelecimentos gastronômicos no estado, medidas urgentes são necessárias para evitar demissões em massa e a falência de muitos negócios. A união de esforços do setor público e privado é fundamental para garantir a sobrevivência desses empreendimentos e a manutenção dos empregos dos trabalhadores impactados pelas inundações no Rio Grande do Sul.

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