Justiça Federal de Sergipe suspende acordo de reajuste de professores, causando divergência entre entidades sindicais em meio à greve.

A Justiça Federal de Sergipe tomou uma decisão que impactou a negociação entre o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) e o Proifes, sindicato de professores que está em greve. A suspensão do acordo assinado entre as partes foi uma resposta a uma ação movida pelo Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes).

O juiz federal substituto, Juiz Edmilson da Silva Pimenta, determinou que a União Federal não firme acordos com o Proifes durante as negociações que envolvem a restruturação da carreira docente e a greve dos professores. Essa decisão foi comemorada pela Andes, que afirmou que o acordo firmado previamente era ilegítimo.

O presidente do sindicato, Gustavo Seferian, ressaltou a importância da tutela de urgência concedida pela Justiça, que corrobora com as denúncias feitas pela Andes em relação à entidade Proifes. A Proifes, por sua vez, ainda não se manifestou sobre essa decisão judicial.

A Federação de Sindicatos de Professores de Instituições Federais de Ensino Superior (Proifes) se posicionou afirmando que a consulta realizada entre os sindicatos federados foi pautada pelo princípio federativo, respeitando a diversidade de opiniões. A organização salientou que a maioria dos sindicatos aprovou a proposta do governo, enquanto o Andes optou por rejeitá-la.

Essa situação de impasse nas negociações salariais para os professores federais já é recorrente, como observado em greves anteriores nos anos de 2012 e 2015. Atualmente, a greve nas instituições de ensino federal já dura cerca de 42 dias e tem afetado mais de 50 universidades e colégios em todo o país. A discordância em relação aos percentuais de reajuste propostos pelo governo continua sendo o ponto central de conflito entre os sindicatos envolvidos.

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