Tropas israelenses continuam bombardeando Rafah em confronto com milicianos do Hamas no sul da Faixa de Gaza

Um dos conflitos mais devastadores dos últimos tempos continua a abalar a região entre Israel e Gaza. Nesta quarta-feira (29), as tropas israelenses retomaram os ataques em Rafah, uma cidade no sul da Faixa de Gaza que nas últimas semanas foi palco da fuga de quase um milhão de palestinos, em meio aos confrontos entre os soldados israelenses e milicianos do Hamas.

Segundo relatos do Ministério da Saúde liderado pelo Hamas, 75 palestinos perderam a vida nas últimas 24 horas, elevando para mais de 36.000 o número total de mortos, a maioria civis, desde o início do conflito em 7 de outubro. Diante da gravidade da situação, o Conselho de Segurança da ONU foi convocado para uma reunião de caráter emergencial em Nova York pelo segundo dia consecutivo.

A Corte Internacional de Justiça (TPI) instou Israel a suspender suas operações em Rafah, por onde entra a maior parte da ajuda humanitária para os 2,4 milhões de palestinos vivendo na Faixa de Gaza. No entanto, os bombardeios prosseguiram, intensificando ainda mais os confrontos na região.

A situação é descrita como caótica por um jornalista da AFP, que testemunhou um helicóptero israelense atacando alvos no centro da cidade. Enquanto isso, o Hamas afirma ter lançado foguetes contra soldados próximos ao acampamento de Yebna, em Rafah.

“A população está acuada em suas casas neste momento, pois os drones israelenses estão atirando em qualquer pessoa que se movimente”, relatou Abdel Khatib, um morador de Rafah. Até o momento, três soldados israelenses perderam a vida na cidade, totalizando 292 mortes desde o início da ofensiva terrestre em 27 de outubro.

Os Estados Unidos, principal aliado de Israel, pediram para que as autoridades israelenses moderassem sua ofensiva em Rafah, mas garantiram que continuariam apoiando o país. Enquanto isso, a comunidade internacional observa com preocupação e tenta buscar uma solução para interromper a escalada de violência e o número crescente de vítimas civis.

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