Os membros do sindicato acreditam que a mudança na lei interrompe uma etapa crucial do processo de ressocialização e aumenta a instabilidade dentro das unidades prisionais. O principal medo desses profissionais é que a decisão possa potencializar os riscos de motins, agressões a funcionários e tentativas de fuga nas prisões.
O presidente do Sindicato, Fábio Jabá, destacou que essa preocupação também é compartilhada por policiais penais de outros estados e ressaltou que o clima dentro das penitenciárias está atípico no momento.
Jabá afirmou: “No início da discussão desse projeto, houve muitas conversas nas unidades prisionais, entre os presos. Porém, desde a aprovação, reina o silêncio, o que é algo alarmante.” Segundo o sindicalista, a decisão de restringir as saídas temporárias é vista como uma medida que poderia “acender o pavio” em um sistema já dominado por facções criminosas, fragilizado pela superlotação e falta de recursos básicos.
Diante desse cenário, os policiais penais de São Paulo e de diversos estados estão alertando para os possíveis desdobramentos dessa mudança na legislação. A incerteza em relação ao futuro das unidades prisionais e à segurança dos profissionais que ali trabalham é um tema que permanece em destaque no debate sobre o sistema carcerário do país.