De acordo com a EPE, 27 dos 37 setores industriais monitorados tiveram aumento no consumo de eletricidade, com ênfase para a fabricação de produtos alimentícios e metalurgia. Por sua vez, a classe residencial registrou a maior expansão no consumo em abril, com um acréscimo de 9,1% em relação ao ano anterior, seguida pela classe comercial, que teve um aumento de 5,9%. As altas podem ser atribuídas às temperaturas acima da média e às ondas de calor, além da melhora nas vendas do setor comercial.
No acumulado do ano, a classe residencial lidera o aumento no consumo, com 11,5% (61.191 GWh), seguida pela classe comercial com 7,7% (35.986 GWh) e a classe industrial com 3,7% (63.671 GWh). Nos últimos 12 meses, o consumo de eletricidade totalizou 543.954 GWh, apresentando um aumento de 6% em comparação ao período anterior.
Em relação ao mercado de contratação, o mercado livre foi responsável por 41,3% do consumo nacional de energia elétrica em abril, com um crescimento de 9,4% no consumo e de 27,3% no número de consumidores em comparação ao ano anterior. Já o mercado regulado das distribuidoras representou 58,7% do consumo nacional, com um aumento de 2,9%. Mesmo com a migração de consumidores para o mercado livre, o número de unidades consumidoras aumentou 1,2%.
Esses dados indicam um cenário de aquecimento no consumo de energia elétrica no Brasil, impulsionado pelo crescimento dos setores industrial, comercial e residencial, além da expansão do mercado livre de energia. Espera-se que essa tendência de aumento no consumo se mantenha nos próximos meses, refletindo a recuperação econômica do país e a retomada de diversos setores produtivos.