A memória da Quinta-Feira Santa, quando Jesus estabeleceu o sacramento durante a Última Ceia, é reverenciada durante a celebração do Corpus Christi. Na missa, o pão e o vinho são consagrados pelo sacerdote, realizando a transubstanciação, onde se acredita que esses elementos se tornam o corpo e o sangue de Cristo. Para os católicos, a Eucaristia vai além de um simples símbolo e representa a presença efetiva de Jesus entre os fiéis.
A festividade do Corpus Christi ocorre sempre na quinta-feira 60 dias após a Páscoa, marcando o oitavo domingo subsequente a essa data importante para a igreja. No Brasil, uma das tradições mais marcantes da celebração são os tapetes coloridos, montados por fiéis em várias paróquias do país. Esses tapetes servem como caminho para a procissão do Santíssimo pelas ruas, sendo um momento único de demonstração de devoção.
O Papa Francisco destacou a importância da festa de Corpus Christi, ressaltando a adoração do Corpo e do Sangue de Cristo com fé viva. A origem histórica desse evento remonta ao século XIII, com a proposta de uma freira agostiniana chamada Juliana de Mont Cornillon. O então arcebispo de Liège, Jacques Pantaléon, que se tornou o papa Urbano IV, acolheu a ideia e instituiu a festa de Corpus Christi em toda a Igreja Católica por meio de uma bula papal.
Os tapetes coloridos, uma tradição que surgiu na Europa medieval, são uma marca registrada da festa de Corpus Christi no Brasil. A confecção desses tapetes é um processo coletivo que envolve toda a comunidade eclesial, com uso de materiais como serragem colorida, borra de café, e outros elementos ligados à cultura local.
Em resumo, o Corpus Christi é uma celebração marcada por devoção, tradição e fé, onde os católicos reafirmam a presença de Cristo na Eucaristia e demonstram sua devoção por meio de manifestações como os tapetes coloridos e as procissões.
