Filho de líder da ETA é considerado culpado de ajudar o grupo, mas é isento de cumprir pena pela Justiça francesa.

A Justiça francesa emitiu uma decisão nesta quinta-feira (30) envolvendo Egoitz Urrutikoetxea, filho do histórico líder da organização separatista basca ETA, Josu Ternera. Urrutikoetxea foi considerado culpado de fornecer ajuda material ao grupo em 2005, mas surpreendentemente o tribunal decidiu isentá-lo de cumprir pena.

Com 49 anos de idade, Urrutikoetxea é um separatista basco que atualmente atua como vereador no sudoeste da França. A condenação por “associação terrorista de criminosos” foi mantida, porém o tribunal ressaltou a importância de fatores como a reabilitação do acusado e seu comportamento, levando a decisão de não impor uma pena de prisão.

Em declaração após o veredito, Urrutikoetxea se mostrou surpreso com a decisão, descrevendo-a como uma mensagem de “apaziguamento” e destacando que vai além de sua pessoa, podendo ser interpretada como um reconhecimento ao processo de resolução de conflitos em curso no País Basco.

Além de seu envolvimento político como vereador em Lichans-Sunnar, cidade próxima à fronteira com a Espanha, Urrutikoetxea é membro do partido Euskal Herria Bai (EH Bai, Sim ao País Basco). Durante audiência no final de abril, ele declarou ter uma visão crítica da ETA e afirmou que o uso da violência distorce as reivindicações legítimas.

Esta decisão da Justiça francesa repercutiu não apenas em relação ao caso específico de Urrutikoetxea, mas também como um marco no processo de resolução de conflitos no País Basco. O reconhecimento de fatores como reabilitação e comportamento na decisão do tribunal pode indicar uma abertura para formas mais pacíficas de lidar com questões separatistas e terroristas.

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