Ministro de Israel propõe votação para dissolução do Parlamento em meio a nova disputa com Netanyahu.

O atual cenário político em Israel apresenta reviravoltas que podem impactar diretamente a liderança do primeiro-ministro Binyamin Netanyahu. O ministro do Gabinete de Guerra de Israel, Benny Gantz, do partido União Nacional, propôs uma votação para a dissolução do Parlamento israelense, conforme comunicado de seu partido publicado recentemente.

Essa proposta surge em um momento delicado, já que uma pesquisa revelou que Netanyahu ultrapassou Gantz em popularidade entre os israelenses. De acordo com os dados do Canal 12 de Israel, Netanyahu tem a preferência de 38% dos cidadãos, contra 37% de Gantz. Além disso, o partido de Netanyahu, o Likud, sairia com 21 assentos em uma eleição atual, contra 25 do partido de Gantz.

É importante ressaltar que Gantz, inicialmente visto como um forte concorrente para substituir Netanyahu, aderiu à coalizão do atual primeiro-ministro no início da guerra contra o Hamas. Sua possível saída agora poderia fortalecer o Likud de Netanyahu, mas apenas com uma coalizão formada por partidos de extrema direita.

A proposta de Gantz para Gaza inclui um plano de seis pontos que aborda questões como o retorno dos reféns, o desmantelamento da presença do Hamas em Gaza, a desmilitarização do território, e a administração internacional dos aspectos civis. Esse plano também visa estreitar laços com outros países e expandir o serviço militar obrigatório para todos os israelenses.

A eventual saída de Gantz do governo deixaria Netanyahu em uma situação delicada, especialmente com aliados de extrema direita que adotam posições mais radicais. Críticos acusam Netanyahu de prolongar a guerra para evitar novas eleições, alegações negadas pelo primeiro-ministro.

Essa movimentação política em Israel demonstra a instabilidade e incerteza que permeiam a cena política do país, com mudanças de liderança e disputas de poder que podem impactar não apenas a gestão interna do governo, mas também as relações externas e a geopolítica da região. Acompanhar os desdobramentos desses acontecimentos políticos é fundamental para compreender o futuro de Israel e as possíveis consequências para a região do Oriente Médio.

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