Pedro Sánchez comemorou a aprovação da lei nas redes sociais, destacando que o perdão é mais poderoso que o rancor e que a Espanha está mais unida e próspera em comparação a 2017. A medida poderá beneficiar cerca de 400 pessoas, com a decisão final sobre a aplicabilidade da anistia ficando a cargo dos juízes.
Apesar da aprovação, os magistrados têm dois meses para levantar questões aos órgãos competentes, o que pode atrasar a efetivação da legislação. Durante a votação, foram registrados momentos de tensão na Câmara, com insultos trocados entre os deputados.
A medida foi previamente aprovada pelo Congresso em março, sendo posteriormente vetada pelo Senado controlado pela oposição. A decisão final do Parlamento marca a consolidação da anistia, considerada necessária para manter Pedro Sánchez no poder após as eleições legislativas.
O Partido Popular, liderado por Alberto Núñez Feijóo, criticou a lei como uma troca de poder por impunidade, considerando-a inconstitucional e prometendo revogá-la caso retorne ao poder. Os partidos separatistas catalães enxergaram a legislação como uma vitória, com planos futuros de realizar um referendo de secessão.
A anistia para os separatistas catalães tem gerado intensos debates políticos na Espanha, intensificando as divisões ideológicas entre os partidos e despertando questionamentos sobre a unidade do país. Aprovada por pequena margem no Parlamento, a medida permanece como um ponto de discordância que continuará a ecoar na política espanhola.