Embora alguns países tenham avançado nos direitos das pessoas LGBTQIA+, o progresso tem sido frequentemente acompanhado de resistência. A ONG destacou que existe uma oposição implacável que mina os avanços alcançados em termos de igualdade de direitos para essa comunidade.
Dhia Rezki Rohaizad, uma das autoras do relatório, ressaltou em comunicado a preocupante tendência de restrições à liberdade de expressão e associação, que tem levado a casos de censura, detenções e perseguições. Segundo a Ilga World, embora haja uma tendência mundial em direção à descriminalização, partes da África e da Ásia estão enfrentando uma regressão perturbadora nesse sentido.
Países como a Jordânia, o Quirguistão e Uganda implementaram regras contra a “promoção” da homossexualidade nos últimos 16 meses, enquanto a Rússia chegou a classificar o movimento LGBT internacional como “extremista”.
A situação é preocupante ainda em relação aos países que criminalizam atos sexuais consensuais entre pessoas do mesmo sexo. A Ilga World identificou 62 nações que penalizam essas relações, sendo que em lugares como a Arábia Saudita e o Irã, a punição pode ser a morte.
Além disso, a organização destacou avanços na luta contra as “terapias de conversão” em vários países e o reconhecimento legal de gênero com base no princípio da autoidentificação em algumas nações. A Ilga World comemorou também a evolução no reconhecimento do casamento entre pessoas do mesmo sexo em diversos países.
Esses dados reforçam a importância de se continuar lutando pela igualdade de direitos e contra a discriminação em relação à comunidade LGBTQIA+ em todo o mundo. A liberdade de expressão e o respeito à diversidade são fundamentais para a construção de uma sociedade mais justa e inclusiva. Portanto, é essencial que a luta por direitos LGBTQIA+ continue sendo uma pauta prioritária em nível global.
