Com o Chile sendo o segundo maior produtor de lítio do mundo, este metal leve é fundamental para impulsionar a utilização de baterias em carros elétricos, diminuindo a dependência de combustíveis fósseis e contribuindo para frear as mudanças climáticas. A parceria entre Codelco e SQM terá a duração de 35 anos, indo de 2025 a 2060.
Nesta aliança, a estatal Codelco deterá 50% das ações, enquanto a SQM terá um número maior de votos nos primeiros anos para administrar o negócio. No entanto, a partir de 2031, Codelco terá maioria no conselho e dirigirá a gestão da empresa de exploração de lítio.
O presidente da Codelco, Máximo Pacheco, destacou a importância da parceria com a SQM para que o Chile recupere sua liderança na produção de lítio, que foi perdida para a Austrália em 2016. Estima-se que a produção anual de lítio entre 2031 e 2060 seja de 280 mil a 300 mil toneladas, o que representará um significativo aumento na produção deste metal no Chile.
Essa parceria, no entanto, gerou controvérsias, uma vez que a SQM é uma empresa conhecida por polêmicas em relação ao seu controle durante a ditadura de Pinochet. Com o acordo selado, espera-se que o Estado chileno receba entre 70% e 85% da margem operacional gerada pela nova produção de lítio, reforçando o caráter estratégico do mineral para o país.
Portanto, a criação desta empresa de exploração de lítio no Chile representa um marco importante para o país nesta transição energética e para a produção sustentável deste recurso fundamental para a descarbonização e combate às mudanças climáticas.
