No entanto, a instalação da CPI ainda é incerta devido às restrições do regimento interno da CLDF, que limita o funcionamento de mais de duas CPIs simultâneas, a menos que haja o apoio da maioria dos deputados distritais. O deputado Max Maciel (PSOL), um dos autores do pedido de criação da CPI, acredita que a pressão sobre as lideranças pode garantir a instalação da Comissão.
A crise na saúde do DF é descrita como grave e justifica a necessidade de investigação, especialmente diante do alto número de mortes de crianças por falta de assistência médica. O requerimento para a criação da CPI aponta que 65 crianças com menos de 1 ano faleceram nos hospitais do DF nos primeiros 60 dias do ano de 2024, um recorde histórico para um período tão curto.
Além disso, a situação da saúde pública do Distrito Federal vem se agravando ao longo dos anos, conforme relatos do presidente do Sindicato de Médicos do DF, Gutemberg Fialho. O pedido de criação da CPI visa investigar as falhas de atendimento e de gestão da saúde pública, incluindo a atuação do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do DF (Iges-DF), responsável pela gestão de diversos hospitais e unidades de pronto atendimento.
O governador do DF, Ibaneis Rocha, afirmou em nota publicada nas redes sociais que o governo tem investido recursos significativos na saúde, mas reconhece que ainda há muito a ser feito. Protestos estão sendo organizados por profissionais de saúde e movimentos sociais em apoio à abertura da CPI, refletindo a insatisfação e a busca por soluções urgentes para a crise na saúde do Distrito Federal.
