O acontecimento trágico se deu no dia 3 de maio, quando aves, peixes e roedores ficaram presos no subsolo de uma das lojas da Cobasi localizada em um shopping da região. Testemunhas relataram que, mesmo com o fechamento do estabelecimento devido à inundação, ainda era possível acessar o local nos dias seguintes para resgatar os animais. O descaso com os seres vivos foi evidente, uma vez que os equipamentos eletrônicos foram priorizados em relação aos animais, que acabaram falecendo devido à situação de negligência.
Na outra loja afetada, a tragédia só não foi maior graças à intervenção de ativistas que conseguiram salvar alguns dos animais. Ainda assim, quatro animais já haviam perdido a vida. A ação movida pela Defensoria destaca a inação da Cobasi, que teve tempo suficiente para evacuar os animais com segurança durante os cinco dias em que o local permaneceu inundado.
O defensor público do Núcleo de Defesa Ambiental da DPE, João Otávio Carmona Paz, ressaltou que a Cobasi falhou em uma demonstração de total desrespeito à vida animal. Além da indenização solicitada, a ação busca a proibição da venda de animais nas lojas da marca, bem como a adoção de medidas para evitar que situações semelhantes se repitam no futuro.
As imagens dos animais mortos expostos à decomposição não apenas chocaram, mas também representaram um risco à saúde pública, expondo as pessoas à contaminação por diversas doenças. A Agência Brasil buscou contato com a Cobasi para obter um posicionamento sobre o ocorrido, mas até o momento não obteve resposta.
Este trágico acontecimento põe em evidência a importância de políticas e ações efetivas para a proteção dos animais e a responsabilidade das empresas em garantir o bem-estar e segurança dos seres vivos sob sua responsabilidade. A luta pela justiça em nome dos animais envolvidos nesse incidente deve servir de alerta para que casos semelhantes sejam prevenidos no futuro.
