EUA condenam julgamento de ativistas pró-democracia em Hong Kong como perseguição política pela China, anuncia Departamento de Estado.

Nesta sexta-feira (31), os Estados Unidos manifestaram sua indignação em relação à decisão de um tribunal de Hong Kong que considerou 14 ativistas pró-democracia culpados de subversão, com base na polêmica Lei de Segurança Nacional imposta pela China para reprimir a dissidência nessa região semiautônoma.

O Departamento de Estado dos EUA não poupou críticas à ação judicial, afirmando que os acusados foram alvo de perseguição com motivação política. Em resposta a essa medida, o Departamento de Estado anunciou que irá impor novas restrições de vistos aos funcionários da China e de Hong Kong responsáveis pela aplicação da citada lei.

O caso em questão refere-se à condenação de 14 pessoas por subversão, devido à organização de eleições primárias não oficiais em 2021, as quais, segundo a acusação, tinham o objetivo de derrubar o governo. Além desses 14 indivíduos, outros 31 que já haviam se declarado culpados também podem enfrentar duras penas, incluindo prisão perpétua. As sentenças serão anunciadas ainda este ano.

Essa decisão do tribunal de Hong Kong é apenas mais um capítulo na crescente tensão entre os defensores da democracia e o governo central de Pequim. Em 2019, a cidade foi palco de grandes e muitas vezes violentos protestos, o que resultou na imposição de uma lei de segurança nacional extremamente rígida por parte da China.

Diante desse cenário, a comunidade internacional tem acompanhado de perto os desdobramentos em Hong Kong, com especial atenção para as violações dos direitos humanos e as restrições à liberdade de expressão. A condenação dos ativistas pró-democracia pelos tribunais locais é vista como mais um episódio preocupante nesse contexto conturbado.

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