O Exército israelense confirmou nesta sexta-feira (31) que suas tropas entraram no centro de Rafah, uma cidade do sul de Gaza, intensificando assim a guerra que já dura quase oito meses contra o movimento palestino Hamas. Apesar dos apelos internacionais para interromper a intervenção terrestre na região, Israel continua com sua operação para eliminar os últimos batalhões do Hamas.
A intervenção militar gera preocupações com a segurança dos civis palestinos que se encontram em Rafah, mas isso não impediu o Exército israelense de avançar com a operação, que teve início em 7 de maio. Neste último ataque, as tropas israelenses confirmaram a destruição de um depósito de armas do Hamas no centro de Rafah e a morte de dois soldados, elevando o número de baixas militares para 292 desde o início da ofensiva terrestre.
O presidente dos EUA, Joe Biden, que já ameaçou reconsiderar seu apoio a Israel diante de um ataque em larga escala em Rafah, está programado para fazer uma declaração sobre a situação no Oriente Médio. Enquanto isso, testemunhas relatam bombadeios israelenses perto de Rafah e em Nuseirat, outra cidade palestina.
A mobilização terrestre em Rafah permitiu a Israel assumir o controle do corredor de Filadélfia, uma faixa de 14 quilômetros ao longo da fronteira entre Gaza e Egito. O Exército israelense acusa o Hamas de usar esse corredor para transportar armas para Gaza, através de túneis. Por outro lado, o presidente egípcio, Abdel Fatah al-Sissi, negou a existência desses túneis e acusou Israel de procurar justificativas para sua intervenção em Rafah.
O cenário de guerra na região prejudica a entrada de ajuda humanitária em Gaza, com a passagem fronteiriça de Rafah fechada e as obrigações de Israel de fornecer assistência sendo questionadas. Enquanto as negociações para um cessar-fogo seguem paralisadas, a situação humanitária em Gaza se agrava, com a população enfrentando riscos de fome e escassez de recursos.
Portanto, a guerra entre Israel e Hamas em Rafah continua, apesar dos apelos internacionais por um cessar-fogo. A situação dos civis palestinos na região é preocupante, com o conflito afetando diretamente a vida e a segurança da população local. É fundamental que a comunidade internacional encontre uma solução para garantir a paz e a estabilidade na região.
