Líderes de veteranos de guerra presos no El Salvador por planejar ataques na posse de Bukele

Na noite de quinta-feira, a polícia de El Salvador realizou a prisão de sete líderes de veteranos de guerra, acusados de planejar ataques para o sábado, dia em que o presidente Nayib Bukele assume seu segundo mandato. Entre os detidos está o ex-deputado da ex-guerrilha Frente Farabundo Martí de Libertação Nacional (FMLN, esquerda), José Santos Melara Yánez, que ocupou o cargo entre 2015 e 2018.

De acordo com a Polícia Nacional Civil (PNC), esses líderes de veteranos de guerra estavam planejando ataques com explosivos em várias partes do país para o dia 1º de junho. A PNC divulgou em sua conta nas redes sociais a captura dos sete suspeitos, sem especificar se eram ex-membros da antiga guerrilha, do exército ou das forças de segurança extintas.

José Santos Melara Yánez foi identificado como o financiador desses planos, de acordo com a polícia. Os sete líderes estavam reunidos na chamada Brigada da Insurreição Salvadorenha e tinham como objetivo detonar postos de gasolina, supermercados e instituições públicas, de acordo com as investigações policiais.

Durante a operação, a polícia encontrou parte dos explosivos e insumos para fabricá-los em uma residência na localidade de Guazapa, a 30 quilômetros ao norte de San Salvador. Fotos dos dispositivos cilíndricos com fusíveis foram divulgadas pela PNC.

No entanto, organizações sociais, como o Comitê de Familiares de Presos e Presos Políticos de El Salvador (Cofappes), consideraram as detenções dos líderes como arbitrárias. A ação da polícia gerou controvérsias e críticas por parte da sociedade civil, que questiona a legalidade e os motivos por trás das prisões dos líderes veteranos de guerra.

Em meio a esse contexto tenso, a população de El Salvador espera por mais informações sobre o caso e aguarda os desdobramentos dessa situação que envolve ex-membros da guerrilha e questões políticas em um momento crucial para o país.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo