Oito membros do Estado Islâmico são enforcados no Iraque por terrorismo e pertencer a grupo jihadista

As autoridades iraquianas executaram oito pessoas condenadas à morte por “terrorismo” e por pertencerem ao grupo jihadista Estado Islâmico. Segundo fontes médicas e de segurança, essas execuções ocorreram em uma prisão em Nasiriyah, na província de Zhi Qar, ao sul do país.

Os oito iraquianos foram enforcados com base no artigo 4º da lei antiterrorismo, conforme informou uma fonte de segurança que preferiu não se identificar. Essas execuções seguem outras que aconteceram em 6 de maio, quando 11 pessoas também foram enforcadas na mesma cidade por crimes de “terrorismo”.

Nos últimos anos, os tribunais iraquianos têm proferido diversas condenações à morte e prisão perpétua. O Código Penal do país prevê a pena capital para indivíduos que se associem a um grupo terrorista, independentemente de terem participado ou não de atividades desse grupo.

No entanto, o Iraque tem sido alvo de críticas de grupos de direitos humanos no passado, devido aos julgamentos sumários e à obtenção de confissões sob tortura em processos judiciais. A execução de outras 11 pessoas em abril também gerou forte reação de organizações não governamentais de defesa dos direitos humanos, que destacaram a falta de transparência no processo judicial.

Essas recentes execuções voltaram a levantar debates sobre a aplicação da pena de morte no Iraque e as garantias de um julgamento justo para os acusados de crimes de terrorismo. A Anistia Internacional denunciou a falta de transparência nos processos e reiterou a importância do respeito aos direitos humanos em todas as instâncias da justiça iraquiana.

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