Repórter Recife – PE – Brasil

OMS concede direitos suplementares aos representantes palestinos em decisão apoiada por 101 países e rejeitada por 5.

Nesta sexta-feira (31), os países membros da Organização Mundial da Saúde (OMS) tomaram uma decisão histórica ao conceder direitos suplementares aos representantes palestinos. A decisão, que foi aprovada por uma maioria significativa dos 177 países com direito a voto, visa alinhar a participação da Palestina na OMS à sua participação na ONU.

A resolução foi apresentada por países árabes, muçulmanos, China, Nicarágua e Venezuela. Com isso, os palestinos, que possuem status de observadores na OMS, terão praticamente os mesmos direitos que os membros de pleno direito. Isso significa que poderão se sentar entre os Estados membros, apresentar propostas, emendas e até mesmo ser eleitos nas principais comissões da Assembleia da Saúde.

No entanto, é importante ressaltar que, apesar desses avanços, os palestinos ainda não terão direito de voto na Assembleia da Saúde nem de apresentar candidatura aos órgãos da OMS, já que sua condição ainda é a de Estado observador.

Essa decisão segue a recente votação na Assembleia Geral da ONU, que também concedeu à Palestina mais direitos dentro da organização. A campanha dos palestinos por adesão plena à OMS foi bloqueada pelos Estados Unidos, o que levou à busca por uma solução alternativa.

Durante a Assembleia Mundial da Saúde em Genebra, ficou claro que os palestinos e seus aliados optaram por renunciar à adesão plena, com receio de uma possível suspensão do financiamento da OMS pelos Estados Unidos. Essa estratégia foi adotada para garantir que a Palestina continue a ter voz e participação ativa dentro da organização.

Diante desse cenário de avanço nas relações internacionais, é evidente que a questão palestina ainda é uma pauta sensível e complexa, exigindo diálogo e cooperação entre as nações envolvidas. Enquanto isso, a comunidade internacional segue acompanhando de perto os desdobramentos e as consequências dessas decisões para a situação no Oriente Médio.

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