Presidente da Ucrânia obtém autorização dos EUA para usar armas contra território russo em ataque de contra-ataque na região de Kharkiv.

O presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, teve motivo para comemorar nesta sexta-feira (31). Os Estados Unidos autorizaram, de forma condicional, o uso de armas entregues por Washington contra alvos em território russo. Essa autorização veio após o presidente Joe Biden dar sinal verde para que a Ucrânia utilize essas armas em contra-ataques na região de Kharkiv, que atualmente enfrenta uma ofensiva russa.

Durante a terceira cúpula Ucrânia-Europa do Norte em Estocolmo, Zelensky destacou que essa autorização era um passo adiante em direção ao objetivo de defender o povo ucraniano que vive nas vilas ao longo da fronteira com a Rússia. Essa decisão representou um apoio significativo por parte das potências ocidentais, que condicionaram o uso das armas pela Ucrânia à proximidade dos alvos com a fronteira russa.

Após os EUA anunciarem essa autorização, a Alemanha também seguiu o mesmo caminho, permitindo que a Ucrânia utilize armas alemãs em seu território para se defender dos ataques russos, principalmente em Kharkiv. O governo alemão enfatizou o direito da Ucrânia de se defender com as armas disponibilizadas por eles.

Essa mudança na posição dos Estados Unidos representou uma reviravolta, já que anteriormente havia o receio de que essa autorização pudesse resultar em um conflito direto entre a Otan e a Rússia. No entanto, o governo americano destacou que continuaria adaptando seu apoio militar à Ucrânia, mantendo a proibição do uso de suas armas dentro do território russo. Por outro lado, o Kremlin afirmou que as armas dos EUA já estavam sendo utilizadas em tentativas de ataques em território russo, evidenciando o envolvimento dos EUA no conflito.

Enquanto isso, a situação em Kharkiv continua tensa, com bombardeios quase diários vindos do território russo. A cidade já registrou vítimas fatais e feridos, mas o Exército ucraniano enfrenta desafios de desgaste e falta de munição. A Rússia, por sua vez, afirmou ter conquistado 880 quilômetros quadrados na Ucrânia este ano, mas ainda não obteve avanços significativos. A área de Donetsk também foi alvo de bombardeios, resultando em mortes e feridos.

Em meio a esses acontecimentos, os ministros das Relações Exteriores do G7 manifestaram preocupação com a cooperação crescente entre a Rússia e a Coreia do Norte. Eles instaram ambas as partes a cessarem as transferências ilegais de armas, destacando a importância de manter um nível constante de apoio militar à Ucrânia. A situação na região segue sendo acompanhada de perto pela comunidade internacional, diante do cenário de tensão e conflito que persiste nas fronteiras entre a Ucrânia e a Rússia.

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