Nesta sexta-feira (31), o movimento islamita Hamas se pronunciou sobre a nova proposta israelense para um cessar-fogo na Faixa de Gaza, classificando-a como positiva. A iniciativa foi revelada pelo presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, que afirmou que as diretrizes israelenses foram comunicadas ao Hamas através do Catar, que atua como mediador.
A declaração de Biden veio após as tropas israelenses intensificarem sua guerra contra o Hamas e tomarem o centro de Rafah, no sul de Gaza. O plano proposto por Israel consiste em três fases, começando com uma trégua de seis semanas, seguida pela troca de reféns e, se o Hamas respeitar seus compromissos, a transição para um cessar-fogo permanente. O presidente americano ressaltou a importância de encerrar o conflito e não deixar a oportunidade passar.
O Hamas, que governa Gaza desde 2007, manifestou avaliação positiva em relação aos pontos apresentados por Biden, incluindo o cessar-fogo permanente, retirada das forças israelenses de Gaza, reconstrução e troca de prisioneiros. O secretário-geral da ONU, António Guterres, expressou esperança de que esses gestos possam levar a um acordo entre as partes para uma paz duradoura.
Enquanto Israel reitera a necessidade de eliminação política e militar do Hamas para encerrar a guerra, a comunidade internacional busca pressionar o movimento islamita a aceitar a proposta de cessar-fogo. A situação humanitária em Gaza é descrita como apocalíptica, com relatos de mortes, refugiados e escassez de recursos.
O conflito, que teve início em outubro de 2023, já causou milhares de vítimas e reféns. O papel dos mediadores internacionais, como os EUA e o Catar, é fundamental para tentar estabelecer um acordo que ponha fim à violência e ao sofrimento das populações envolvidas. A comunidade internacional segue atenta ao desdobramento dos acontecimentos e à possibilidade de um acordo de paz duradouro na região.